Em depoimento prestado ontem (4) à CPI da Pedofilia da Assembleia Legislativa, o padre italiano Giovanne Antônio Garagiola, 70, mais conhecido no Maranhão como Frei João de Deus, negou qualquer envolvimento com a prática de crime de abuso sexual contra adolescentes.
Em 2003, um inquérito policial foi aberto no município de Paço do Lumiar para apurar denúncias, formuladas contra Frei João de Deus, dando conta de que ele teria abusado sexualmente de três adolescentes. Neste ano, o padre respondia pela paróquia da cidade.
O caso de Frei João de Deus começou a ser investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito depois que um destes adolescentes, hoje maior de idade, e moradores do próprio município encaminharam denúncia anônima à CPI. "Uma das supostas vítimas e moradores da cidade afirmaram que o crime, de fato, aconteceu. Por este motivo, resolvemos convocar o Frei João de Deus para que ele pudesse dar a sua versão sobre esta situação", explicou a presidente da Comissão.
"Talvez, estas pessoas gostassem mais do trabalho do padre Liberato, meu antecessor. Sempre realizei meu trabalho de forma honesta e com o objetivo de cumprir a missão que me foi concedida. Nunca beneficiei ninguém. Tentei organizar a paróquia de Paço do Lumiar da melhor maneira possível, implantando, inclusive, uma escola de música que atendia vários adolescentes. Meu relacionamento com estes adolescentes era somente no horário das aulas de música. Nunca rezei missa com as portas da Igreja fechadas. Estas denúncias não passam de mentiras", afirmou o religioso, que se colocou à inteira disposição da CPI para ser novamente convocado para prestar esclarecimentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário